quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tédio do Mesmo

Ao passear por mentes alheias, me deparo com minha própria mediocridade. Minha mente é infinitamente superficial, e sou todo uma coisa só. Não tenho segredos, são as pessoas que não perguntam. Não tenho desejos, não tenho aspirações. Decidi me deixar levar, e ao decidir me torno algo a menos. Não posso guiar ninguém, sou caudaloso. Já me chamaram um dia (uma noite) de misterioso. Não o sou. Sou um livro aberto, e todos e todas conseguem me fazer ser o que haveria de existir em paz. Eu não sou a chuva. Eu sou a terra, parada, basal, a mesma, eterna. Chata.

Caí num poço de certezas, e esse lodo da costância me sufoca. Meu maior desejo é ser mutante.

4 comentários:

Fontes disse...

Isso era um rascunho que eu fiz faz tempo, provavelmente faltou ânimo para publicar. Assim como as calças boca-de-sino, continua bem atual.

Lucia Fontes disse...

Todas as mentes brilhantes um dia foram medíocres e todas as mente medíocres um dia serão brilhantes.

Teu maior desejo é ser mutante?
Quem disse que não és?

Tefo disse...

Meu deseho é ser o Wolverine!

Renata disse...

"Ao passear por mentes alheias, me deparo com minha própria mediocridade"
Ao me deparar com mentes alheias e a sua, sinto totalmente o oposto da mediocridade. E é isso que mais me fascina.