segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Podre Pranto

Palavra dita e pedra atirada não voltam.
Mas machucam.

O arco-íris já é preto
e branco

Tudo já não é a mesma coisa.

Meu dentro é podre.
E pranto.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Poema sem pensar

Seguindo uma lição nunca aprendida
Venho cá mostrar coração e vida
A todos que não temerem palavras perdidas
Meus pensamentos soltos, livres de revisões e reprimendas.
O que acham, queridos e queridas?

As palavras me fogem por não saber onde se encaixam
Só resta a raiva-vergonha-submissão:

As rimas me prendem.
Me enlaçam. Limite.
E a verdade sai como sempre:
como uma marmota, que sai da toca depois da chuva.
Isso pra quem tem receio de marmotas.
Receio é diferente de medo.
Mas essa é a verdade.

Sou um sapo
Parnasiano aguado.
Pior: sou rato
parnasiano piorado.
Viram?
Eu rimo os termos
cognatos. Ah!

Liberdade interior, aquela que não é azul, vermelha e branca.
Nem é de pedra com o livro a coroa e a tocha que levanta
Acima da coroa.

Eu, que sou eu, e vocês me conhecem, descubro cada dia mais que não o sou.
Sou outra coisa.

E essa coisa não se deixa ser ela mesma
um
segundo
sequer.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Feliz

Felicidade pura, intensa mesmo é coisa rara.

Delícia.