São duas brincadeiras que brinco de vez em quando. Curiosamente, é impossível brincar das duas ao mesmo tempo. Im-pos-sí-vel (será que eu separei as silabas certo?). Não é como pega-pega e banco imobiliário, que mesmo sendo complicado, ainda dá pra brincar. É só o pegador não guardar caixão perto do tabuleiro, senão ele paga uma multa. E pra deixar mais emocionante, deve-se ter um revés "tá com você!". Sempre se lembre de pegar os 200 dinheiros quando passar pelo ponto de partida.
Mas vamos lá. Primeiro a brincadeira do olhar. É assim: sempre que você estiver parado com pessoas em volta (no ponto de ônibus pra ir pra usp, no onibus pra usp, na usp...) você tem que ficar passeando com os olhos até encontrar os olhos de alguém. Quando acontece o contato visual, aí que o negócio pega fogo. Você só pode tirar os olhos da pessoa depois que ela desviar o olhar. É um jogo pra ver quem tem mais e menos vergonha ( é também um treinamento, porque você vai melhorando). Quando você ganha, você dá um sorrisinho e vai fazer outra coisa. Se você perde, você fica triste e envergonhado. É legal!
O outro jogo é o de andar, e é bem fácil: sempre que você tiver uma caminho reto pra andar e com poucos obstáculos, como uma calçada deserta, você tem que fechar os olhos bem forte e ir andando reto. É um teste de coragem. Comece dando uns 10 passos de olhos fechados. Depois vai pra 20, e assim em diante. Meu recorde foram uns 50, mas eu ainda acho pouco. Quando eu conseguir dar 100 passos eu venho aqui contar pra vocês!
São essas as brincadeiras que eu brinco. Brinco de andar pra ter mais coragem e de olhar pra ter menos vergonha. Vocês deviam tentar.