sábado, 15 de agosto de 2009

Soneto da Mão e da Mentira.

Sentem a pele, afagam os pêlos,
penetram nas roupas e cabelos:
Com tensão e suavidade tamanhas,
Meus dedos enfrentam montanhas.

O reger calado do menino-maestro
com sua mão bem ou mal comportada
quer dizer, bem da verdade, nada.
O dedo é canhoto- o olho é destro.

Quem conhece sabe que muito tento
compreender as razões e as vidas,
mas meu esforço fala com o vento.

Passseiam por melancias e rosas
e tentam entender almas perdidas
Minhas mãos deveras mentirosas.

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