segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pressa

Tô com pressa tô com pressa tô com pressa sai da frente!
É tanta coisa tanto tudo que eu me perco quase sempre!

É o trabalho a faculdade a namorada é a vida!
Não penso não respiro só corro a corrida!

Mas quem sabe sabe quem não sabe vai sabendo:
eu sou caótico confuso paradoxo por dentro!

Não consigo não entendo não moro nesse mundo!
Que vontade que desejo de me chamar Raimundo!

Mas não é solução já dizia O Anarquista
que já sabia das pedras no meio da pista!

Tô cansado já tô cheio disso tudo e mais um pouco!
Que vontade que desejo de poder ser mais um louco!

Mas assim sem mais nem menos acontece de repente!
Pára o trem pára a vida com meu desejo inconseqüente!

E aí, sem ninguém esperar, o passageiro desce, observa o mundo lindo, lindo, lindo que estava passando. Sem rimas, sem jogos, sem falso lirismo, ele tira o chapéu, tira os sapatos, respira fundo e abraça a amoreira que passava, quase despercebida. Lágrimas de alívio e de amor.

Trens rasgam a terra e fazem da beleza, borrão.
Quando achar que ele anda rápido demais, desce e come umas amoras.

3 comentários:

Renata disse...

ai, que vontade louca de poder observar o mundo assim. Cadê o trem pra eu saltar?

Tefo disse...

ritmo anda meio raro, gostei

é bom ter ritmo pra quebrar

Alice Agnelli disse...

Desci agora há pouco, por um instantinho, ao terminar de ler.

Sensacional, fuentes!
;)