Tô com pressa tô com pressa tô com pressa sai da frente!
É tanta coisa tanto tudo que eu me perco quase sempre!
É o trabalho a faculdade a namorada é a vida!
Não penso não respiro só corro a corrida!
Mas quem sabe sabe quem não sabe vai sabendo:
eu sou caótico confuso paradoxo por dentro!
Não consigo não entendo não moro nesse mundo!
Que vontade que desejo de me chamar Raimundo!
Mas não é solução já dizia O Anarquista
que já sabia das pedras no meio da pista!
Tô cansado já tô cheio disso tudo e mais um pouco!
Que vontade que desejo de poder ser mais um louco!
Pára o trem pára a vida com meu desejo inconseqüente!
E aí, sem ninguém esperar, o passageiro desce, observa o mundo lindo, lindo, lindo que estava passando. Sem rimas, sem jogos, sem falso lirismo, ele tira o chapéu, tira os sapatos, respira fundo e abraça a amoreira que passava, quase despercebida. Lágrimas de alívio e de amor.
Trens rasgam a terra e fazem da beleza, borrão.
Quando achar que ele anda rápido demais, desce e come umas amoras.
3 comentários:
ai, que vontade louca de poder observar o mundo assim. Cadê o trem pra eu saltar?
ritmo anda meio raro, gostei
é bom ter ritmo pra quebrar
Desci agora há pouco, por um instantinho, ao terminar de ler.
Sensacional, fuentes!
;)
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